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Entenda o que é a Doença Inflamatória Intestinal (DII)

  • Writer: flaviohoerlle
    flaviohoerlle
  • May 25, 2020
  • 5 min read

A Doença Inflamatória Intestinal é entendida como um grupo de doenças inflamatórias crônicas de causa desconhecida envolvendo o Aparelho Digestivo. Nela, o intestino se torna vermelho, inchado e com feridas espalhadas pela sua extensão. As DIIs podem ser divididas em dois grupos principais: a Doença de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU).



As causas da Doença ainda são desconhecidas. O que se pode garantir é que ela é encontrada em todo o mundo, mais frequentemente na América do Norte e no Norte Europeu; menos frequentemente na Europa Central, no Oriente Médio e Austrália, e menos ainda na Ásia e África. Ela é mais predominante em climas temperados do que em climas tropicais.

Não parece haver nenhuma característica comum entre as pessoas portadoras da Doença Inflamatória Intestinal. Qualquer um pode desenvolver essa doença, não importando o sexo, a raça, ou a idade. O diagnóstico ocorre frequentemente entre 15 e 25 e 45 e 55 anos. Filhos e parentes de portadores têm mais chance de desenvolvê-la. Isso pode ocorrer por fatores genéticos. O doutor Flávio Rogério Hoerlle, que clinica há aproximadamente 30 anos em Ijuí (RS), explica que a DII pode ser controlada através de terapia nutricional, medicação, cirurgia ou uma combinação destes tratamentos. NO entanto, ela é uma doença crônica e, portanto, não tem cura. O paciente irá experimentar períodos de bem-estar e de recaídas, que podem ser evitadas com o tratamento adequado.

A Doença de Crohn, especificamente, é caracterizada por uma inflamação que penetra toda a espessura da parede intestinal. Ela pode atacar qualquer parte do aparelho digestivo, desde a boca até o ânus. Ela não pode ser curada através de cirurgia, pois pode ocorrer novamente em outras partes do trato digestivo.

Já a Retocolite Ulcerativa é conhecida por atacar o revestimento interno do intestino grosso causando inflamação, ulceração e sangramento. Sendo restrita exclusivamente ao intestino grosso, algumas vezes a doença pode ser controlada pela remoção de todo o cólon.

Hoerlle explica que durante uma crise o portador da RCU quase sempre sofre diarreia com sangue. Este sintoma pode estar associado a cólicas, cansaço, perda de apetite e perda de peso. Já os sintomas da DC são variados. O mais comum é o paciente sentir dor abdominal (que pode estar associada à diarreia e/ou perda de apetite e perda de peso). Em outros pacientes, no entanto, os sintomas podem incluir febres de origem desconhecida, feridas em torno do ânus, dor ou inchaço nas juntas, anemia ou baixa taxa de crescimento. Diversos sintomas não relacionados diretamente ao intestino podem ocorrer juntamente com as crises da DC e da RCU e são chamados de “manifestações extraintestinais”.


Diferenciando a DC e a RCU

Doença de Crohn (DC):

_ pode ocorrer em todas as camadas da parede intestinal; _ qualquer parte do trato gastrointestinal pode ser afetada (da boca ao ânus); _ pode haver áreas de intestino normal entre as áreas de intestino doente; _ cirurgia pode ser necessária, mas não cura a doença;

_ sintomas: diarreia, dor abdominal, sangramento, diminuição do apetite, perda de peso, fraqueza, fadiga, náusea e vômito, febre e anemia;

Retocolite Ulcerativa (RCU):

_ ocorre apenas na camada que reveste o intestino (de forma contínua, desde o reto até uma distância variável); _ afeta toda a área do Intestino grosso;

_ sintomas: diarreia com sangue, dor abdominal, perda de apetite, perda de peso, náusea e vômito e anemia. A remoção do cólon é, em alguns casos, uma opção terapêutica.


Como conviver com a doença

Administrar uma doença crônica exige dedicação e compromisso com a própria saúde. Hábitos simples, contudo, dão uma boa qualidade de vida aos portadores de DII. Confira:

  • tome a medicação recomendada, mesmo quando estiver se sentindo muito bem;

  • mantenha hábitos que lhe proporcionem uma boa qualidade de vida e evitem as crises (mantenha sempre o bom humor);

  • coma sempre os alimentos que “lhe caiam bem” e evite os que causam as crises (mesmo que sejam deliciosos);

  • descanse bastante, mesmo quando não estiver com nenhum sintoma de crise;

  • consulte o médico periodicamente, mesmo que esteja tudo bem.

O estresse na DII: O estresse (tanto físico quanto emocional) e outros fatores emocionais podem piorar os sintomas ou provocar uma crise de DII. No entanto, foi descartada a probabilidade de que eles sejam os agentes causadores do problema.

A nutrição na DII:

O acompanhamento de um nutricionista para criar uma dieta especial é altamente recomendável. Os há


bitos alimentares não são causadores da DII. No entanto, o paciente que sofre deste mal precisar prestar muita atenção ao que come. Fazer mudanças na dieta pode não só reduzir os sintomas como repor os nutrientes perdidos. Alguns alimentos tornam as crises mais graves e outros aliviam os sintomas. Há pacientes que se sentem melhor após reduzir o consume de produtos derivados do leite ou de frutas, verduras e legumes crus, que são ricos em fibras. Outros melhoram após reduzir alimentos ricos em gordura ou açúcar. Cada paciente terá uma reação diferente aos alimentos. É uma questão de tentativa e erro até que se descubra quais fazem com que o paciente se sinta melhor. Manter um registro da dieta diária ajuda a manter o controle das reações que ela provoca. A ingestão de líquidos para os pacientes com DII é fundamental, pois a diarreia força uma perda considerável de líquido. Por isso, é importante repô-los. Há também a perda de nutrientes, que são responsáveis pelo crescimento. O nutricionista pode indicar bebidas especiais ou shakes (suplementos alimentares). Além de calorias, os suplementos contêm vitaminas e sais minerais. Por serem líquidos, não exigem trabalho dos intestinos para que sejam absorvidos. Isso proporciona aos intestinos uma “pausa para descanso”.


Esportes: A DII NÃO é um empecilho para a prática de esportes, pelo contrário. Ela pode ser um agente importante na melhoria da sua qualidade de vida. Quem pode ter Doença Inflamatória Intestinal (DII)? Não parece haver nenhuma característica comum entre as pessoas portadoras da DII. Qualquer um pode desenvolver essa doença, não importando o sexo, a raça, ou a idade. O diagnóstico ocorre frequentemente entre 15 e 25 e 45 e 55 anos. Filhos e parentes de portadores têm mais chance de desenvolvê-la. Isso pode ocorrer por fatores genéticos.


A Doença Inflamatória Intestinal é contagiosa?

Não.

Como tratar?

Doenças crônicas (como a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa) exigem tratamento continuado a longo prazo. O tipo de medicação vai depender da gravidade da doença, da parte do intestino afetada, ou se há alguma complicação. Em geral, o objetivo do tratamento médico na DII é controlar a inflamação. O portador das DII deve receber medicamento a vida toda para evitar que a doença se manifeste.

Diferentes medicações são usadas no tratamento da DII, mas nenhuma delas vai curá-la. Elas vão apenas mantê-la sob controle. Este período de tranquilidade e controle da doença é chamado de remissão. Ele pode durar meses ou até anos.

A cirurgia:

Em alguns casos, a cirurgia é uma opção para o paciente pois ela pode controlar os sintomas que a medicação já não consegue. Durante o procedimento, o médico remove a parte afetada do intestino, e une duas partes saudáveis restantes. Este procedimento é chamado ressecção. Em alguns casos, outras cirurgias são necessárias para a retirada de partes doentes do intestino.

Em outras situações, a cirurgia é necessária apenas para remover um bloqueio ou obstrução no intestino (geralmente causada pela inflamação). As ulcerações também podem causar sangramento e, quando este sangramento não pode ser contido, a cirurgia é necessária para remover a parte afetada do intestino.

Novas técnicas cirúrgicas podem ser usadas para resolver esses problemas de forma mais fácil, com incisões (cortes) cada vez menores, e a recuperação se torna mais rápida com um retorno muito positivo em qualidade de vida para os pacientes.

 
 
 

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