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Síndrome do intestino irritável

  • Writer: flaviohoerlle
    flaviohoerlle
  • Mar 29, 2019
  • 2 min read

Updated: May 18, 2020


Gastroenterologista Balneário Camboriú

Considerada uma alteração intestinal crônica, é uma doença muito comum, que acontece mais entre as mulheres e pessoas jovens.


Nos Estado Unidos varia de 7 a 16% da população, e na população mundial, pode chegar a 45% dependendo da população analisada.


Segundo o consenso de ROMA IV, escrito por um grupo de especialistas na área das doenças funcionais, a síndrome é classificada como dor de barriga, ou então associada com alteração no formato das fezes e sua frequência (diarreia ou constipação). Esses sintomas devem ocorrer pelo menos uma vez na semana nos últimos 3 meses, e devem ter a duração de no mínimo 6 meses para ser classificada.


Não apresenta uma causa aparente, mas sabe-se que surge de uma desordem entre o cérebro e o intestino, associado a um aumento da sensibilidade, alteração dos movimentos intestinais, em pessoas geneticamente predispostas. A presença de algum estresse emocional ou alteração psicossomática ou ainda a presença de infecção ou inflamação prévia, como gastroenterite, pode ser um dos fatores desencadeadores dos sintomas. Mais atualmente, a microbiota intestinal (Bactérias presentes no intestino), tem sido implicada também no surgimento.


A síndrome é então classificada conforme o hábito evacuatório do paciente apresentando 4 tipos:

- Diarreia;

- Constipação;

- Constipação mista (Quando o paciente apresenta alguns dias de diarreia e alguns dias com constipação);

- Constipação do tipo indeterminado (que não se encaixa nos anteriores).


Para firmarmos o diagnóstico, devemos ter em mente a história do paciente, e descartar então qualquer sinal de alarme (histórico familiar de doenças de intestino ou de doença inflamatória intestinal, emagrecimento, sangue nas fezes, sintomas que fazem o paciente acordar a noite), um exame físico completo na hora da consulta.

Estudos mais recentes afirmam que se a história do paciente e o exame físico forem compatíveis com a síndrome, não há necessidade de exames sofisticados para excluir as causas citadas anteriormente. Mas claro que cada paciente deve ter seu caso avaliado individualmente.


Importante lembrar que sempre temos que ter em mente que pacientes acima de 50 anos, devem realizar colonoscopia independente dos sintomas para rastreio de outras possíveis doenças no colorretal.


O tratamento consiste em aliviar os sintomas do paciente, seja ele a diarreia, a constipação ou a dor, com o uso de medicamentos, evitando alimentos que possam desencadear os sintomas, entre eles, os alimentos fermentáveis, que são mal absorvidos pelo nosso organismo (FODMAPS). A terapia cognitivo-comportamental também auxilia muito nestes casos. O exercício físico e a alimentação saudável são indispensáveis e devem estar na lista do tratamento.


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